terça-feira, 7 de agosto de 2007

Canto incógnito



Canto incógnito

na opacidade do tempo
tanto nos foi legado,
ror de promessas de encanto,
elfo de esperança e sonhos,
mundos lindos e risonhos
desvirtuados no canto
.
.
.
.
no interstício dos peitos
cravos rosas e flores vaidosas
de cores mil perfumes ligeiros,
qual teatro luz da ribalta ou revista
não há acaso que lhes resista
ah magos, de grangeios trapaceiros
.
ledo olhar, olhar ao longe
lerdo espectro do grisalho
do grisalho dos nossos avós
de roupão e televisão
mirando os filhos a serem homens
.
deuses vendem-se
enquanto destilo o mosto
quente das palavras,
que a alma não me deixe morrer
para ver