segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A nobre Tijela de Sacavém

 
A Tijela de Sacavém
 
(Indivisivelmente perpétuo)
 
Ajoelho-me perante a descoberta do nuclear, da conquista do espaço, da nova dialéctica e todas as outras novas tecnologias. Nasci em Peniche em 1944 e cheguei a Lagos em 1951, comigo veio esta velha e nobre Tijela de Sacavém que deve ser mais velha do que eu, com a qual tomei hoje (08/10/2012) o pequeno almoço e que faz parte da minha história, das palavras que aprendi e disse, da natureza que me rodeia e dos objectos e utensílios que uso. Observo-a e pergunto-lhe, com quantas sopas de café com leite me presenteas-te, quantos conselhos ouviste da minha mãe para mim, quantas zangas e alegrias e quanto desespero no tempo da guerra? Todos estes fósseis estão incrustados no tique taque quase inaudível do velho relógio de parede que a minha mãe Julieta me deixou, mas tu nobre Tijela, continuas viva e diante de mim ouço o teu murmurar, - Armindo, ainda estou viva !
PS. A Fábrica de Loiça se Sacavém foi fundada em 1850


 
Peniche, a antiga Escola industrial e ao lado. creio que a velha Fábrica do Alemão aonde fui menino atw aos 8 anos de idade.