quarta-feira, 25 de julho de 2007

Folha de Outono

Há alguns anos uma uma égua linda contou-me a história da sua vida.
Mostrou-me um coração acossado por um dragão cujo carácter e conduta,
a conduziram para um abísmo, no qual caíu para a eternidade.
Eis o retrato dessa égua monja.

Folha de Outono

folha de outono
manhã cinzenta
destino frio,
verde sem sal
vaivém de amor vazio

no vento em mudança
vôa a esperança
num desafio,
no horizonte
um barco heróico fluido

no olhar profundo
um sorriso triste,
sobra um vontade
como égua solta partir
num vento de outro amanhã,
que existe

varanda de um mundo
beiral de ilusões de crespa ternura,
sob o silêncio palpitam
seios de amargura



Armindo Gaspar