sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Operários da música



Penso que já é altura de em Portugal se regulamentar a profissão de
músico. É urgente uma mobilização dos músicos com propostas concretas aos
representantes políticos, em harmonia com as aspirações e necessidades da classe.
Em Portugal, ao contrário de outros países só se dá *importância (e pouca) aos
músicos chamados eruditos. Fecha-se os olhos à importância dos músicos de jazz,
de teatros, de hoteis, casinos etc e pactua-se sem controlar e penalizar, com a anarquia
musical que varre este país dos chamados "músicos" pimba, tocadores de
três ou quatro modas acompanhadas por Dó maior, Sol 7 e transporte
(que fazem fortunas), agora agravada pela invasão do pimba brasileiro chamado
Música do Nordeste e o Choro (música urbana) que fariam chorar Villa Lobos,
e que a mim me fazem gritar o célebre Grito do Ipiranga, que por acaso ou desígnio de
Deus é o nome da rua onde nasceu o famoso e brilhante compositor.
É hilariante ver a chegada desses pimbas acompanhados da família, amigos e amigas para verem os génios brilharem e se o génio fôr do sexo feminino, basta ser vistosa, boas pernas e peitos altivos para o sucesso estar garantido.

-Oh Cristo vem cá baixo ver isto!

Chegou-me às mãos um livrete chamado -160 Músicas para Saxofone-, da autoria do músico
(saxofonista) João da Glória. São 160 Melodias que ficaram na história da música ligeira
e que farão as delícias de qualquer músico.
Como poderão verificar pela pauta, relevante no livrete é que as melodias estão escritas à mão, numa caligrafia de invulgar beleza como nunca vi.
-Força João!

Deixo a capa e o fado "Foi Deus", porque foi Deus que te deu o dom dessa caligrafia.
*protecção económica