domingo, 9 de setembro de 2012

Ainda sobre o folclore em Lagos

 
Chegam de todos os lados mais "vestígios" do antigo Rancho Floclorico do Clube Marítimo "os Lacobrigenses", mais tarde o Rancho Folclorico de Lagos. Eis outros apontamentos da herança que o José Gaspar nos legou. Impressionante é que muitas das pessoas que participaram neste projecto guardaram quase religiosamente estes retalhos de toda aquela azáfama. Foi um tempo maravilhoso que quando me recordo, não contenho uma lágrima que me derrama pela face. Mais de meio século, que voou num piscar de olhos, mas que ninguém esqueceu e a prova disso mesmo são estas fotografias que chovem sobre a cidade de Lagos como que a dizerem, ainda cá estamos !?
Maravilhosas imagens...
 
 
Maria João, Maria do Amparo, Orlando Café, Henriqueta ?, José Amândio, António Soromenho e a irmã ? Armindo Gaspar, ?,  António da Chã, Eduardo, Fernanda Moreira, Júlia, Ilidio e José Luis. Alguns já falecidos, mas que falo deles como estivessem vivos... 
 
 
 A Rita Vieira. No lado direito da foto o filho do sr. Osvaldo, à altura director do Rancho.
 
 
 António da Chã, Rita, Fernanda, Júlia Silva, Maria do Amparo e Fátima.
?, Ilidio, António Soromenho e Orlando Café.

 
 A Júlia e o Ilídio um casal cuja vida foi uma total dedicação ao folclore da nossa região.
 
 
Sob os olhares atentos dos turistas, in Action!
 
 
 Nery e o saudoso José Gaspar
 
 
 Ainda o casal Silva
 
 
 
 
 
Esta é uma surpresa para mim, não sabia que os membros do Rancho tinham um cartão de "identidade" do Clube, na qualidade de dançarinos. Isto mostra o rigor e a disciplina que imperava no projecto.
 
 
 Uma dançarina divertinde-se com o cançonetista Alex.
 
 
As 4 Mosqueteiras; Fernanda, Helena, Julia e Rita
 
Gabriela e Rita
 
Os acordeonistas; José Envangelista e António da Chã
 
 

 
Algures in Action
 
 
A Rita e a Fernanda abraçadas por um estrangeiro
 

O segundo disco do Rancho, um LP com vários ranchos do Algarve entre os quais o Rancho de Lagos.
Eu sabia da existência deste disco e levei anos até o encontrar, obrigado à Júlia Silva que o me emprestou.
 
Quero aqui deixar a minha singela homenagem ao Ilídio Silva que após a morte do José Gaspar continou empenhado na divulgação do nosso folclore e veio mais tarde a ser um dos fundadores do Rancho Folclorico Etnográfico do Odiaxere.

 
 

 
Noite de Cantigas
 
Noite de cantigas
Quando as raparigas
Com alegres cores
Saltam as fogueiras
Esquecem canseiras
E pensam em amores
 
E sempre contentes
Corações ardentes
Bocas a sorrir
Deixam ao deitar
Um cravo ao luar
P’ra ele florir
 
Quem amor não tem
Peça ao Santo António
São João lá vem
Traz o matrimónio
Quem amor não tem
Peça ao Santo António
São João lá vem, São João lá vem
Traz o matrimónio
 
Haja Romarias, haja romarias
E toca a folgar
Todas as Marias, todas as Marias
Têm o seu par
Haja romarias haja romarias
E toca a folgar
Todas as Marias, todas as Marias
Têm o seu par

PS. Este texto mostra-nos toda a inocência e o romantismo, apanágio das gentes daquela altura e do tempo em que viviam. Fantástico texto !